COORDENAÇÃO

Coordenação Pr/Capelão Ricardo Solano Bastos

Pedidos de Palestras em Escola/Clubes/Igrejas/Empresas (12) 9719-7720 – 8203-0567

sábado, 17 de novembro de 2012

Mãe fecha quarto com grades com medo de filho usuário de crack, no ES


'Eu amo a minha mãe e tenho vergonha de ser usuário do crack', diz filho.
Homem já foi internado em clínicas de recuperação por diversas vezes.




Se a droga acabar, acaba também a minha alegria, por que ele quer usar de qualquer jeito”, conta a mãe de um usuário de crack que mora em Vitória. Maria José Pereira Matias, de 64 anos, colocou grades na porta e na entrada de ar do quarto e fechou com lajotas a janela do cômodo para impedir a entrada do seu filho quando está sem usar crack. 
O filho de Maria José tem 32 anos e é dependente da droga há mais de 10. Segundo a família, o homem já foi internado em clínicas de recuperação por diversas vezes, mas sempre sai antes do tratamento terminar. Maria José contou que a última vez seu filho ficou internado por apenas dois dias, mas acabou fugindo do local.
A assistente social da prefeitura de Vitória me disse que quando ele estiver agressivo, querendo a droga e não ter, é para eu sair de casa ou ficar trancada dentro do meu quarto. O que eu não posso é ficar na frente dele, por que meu filho pode ficar perigoso e fazer certas coisas que vai se arrepender depois”, contou a mãe.
Para Maria José, seu filho precisa de ajuda. “Ele não é um filho ruim, ele é um filho bom, mas a droga deixa ele desse jeito. Quando ele está usando o crack fica ótimo, feliz e conversa comigo, mas se a a droga acabar, acabou a minha alegria, por que ele quer usar de qualquer jeito. A pedra é terrível”, desabafou.
O usuário, que não quis se identificar, contou à reportagem que tem vergonha de usar a droga, mas não consegue parar. “Eu amo a minha mãe e tenho vergonha de ser usuário do crack. Sinto vergonha de olhar a pedra derretendo no cachimbo, é uma cena que eu não gosto, mas não consigo evitar. Eu tento fazer tratamento mas não consigo”, disse.
Dentro da geladeira, a mãe deixa apenas o essencial. “Se tiver alguma coisa boa ele troca por pedra. Eu vivo pela misericórdia de Deus, é muito sofrimento”, declara. (FONTE G1)

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Polícia apreendeu 2,7 mil pedras de desirré desde janeiro no Rio


Segundo a PM, combinação de crack e maconha ganha força no município.
Especialistas de RJ e SP alertam para os riscos à saúde dos usuários.

O tenente-coronel Antonio Jorge Goulart, chefe da coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar, afirmou ao G1 nesta quarta-feira (14) que, desde janeiro, a PM apreendeu quase 2,7 mil pedras de zirrê (totalizando 1,2 kg), droga nascida da combinação do crack com a maconha e capaz de potencializar os efeitos de ambas. Noventa por cento dessa quantidade foi encontrada no município do Rio de Janeiro, especialmente nos bairros de Bangu e Santa Cruz, na Zona Oeste, e nas comunidades do Jacarezinho e Manguinhos, no subúrbio.
Nesta terça-feira (13), três homens foram presos com 450 saquinhos de desirré - conhecida também como "zirrê", "criptonita" e "craconha" - pela Delegacia de Combate às Drogas em uma comunidade do Jardim América, no subúrbio do Rio.
De acordo com Antonio Jorge Goulart, a entrada da desirré no estado, embora tímida se comparada à dos demais entorpecentes, não é uma novidade para a polícia do Rio de Janeiro. "Estamos apreendendo a zirrê desde o início do ano. O consumo está concentrado na cidade do Rio, mas poucas quantidades já foram encontradas em Duque de Caxias e Mesquita (Baixada Fluminense), em São Gonçalo (Região Metropolitana), em Volta Redonda (Sul Fluminense) e em Angra dos Reis (Região dos Lagos)", afirmou.
No mesmo período em que pouco mais de 1 kg da zirrê foi apreendido, a PM recolheu 2 toneladas de maconha e 1 tonelada de cocaína, segundo o tenente-coronel. Os usuários da zirrê, ele explica, normalmente portam poucas gramas do entorpecente, que é fumado. "A quantidade de desirré que apreendemos é menor até do que a quantidade de comprimidos de ecstasy recolhidos. Mas a desirré está chegando, sem dúvida", alertou Goulart.
Porta de entrada para o vício em crack
Há um ano, a zirrê chama a atenção dos profissionais do Nepad, o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas, vinculado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Embora o órgão ainda não tenha unificado os dados sobre os atendimentos relativos à droga, a psicóloga Érica Canarim afirma que atualmente atende no Nepad 25 jovens viciados no entorpecente. Segundo ela, a maioria dos dependentes do Rio utiliza a desirré como um primeiro estágio rumo ao consumo de crack. “Os adolescentes raramente vão direto para a pedra de crack. Primeiro, começam com a desirré”, disse.
A psicóloga acrescenta que crack e zirrê têm uma dinâmica circular na vida de quem tenta abandonar o vício da primeira droga. “Vemos pacientes que, no caminho da tentativa de abandonar o crack, retornam à desirré, o ponto de onde eles partiram”.
Atual diretora do Nepad e cofundadora do núcleo, em 1986, a psicanalista Ivone Ponczek enfatiza que a abordagem do tratamento ao usuário de zirrê respeita os mesmos parâmetros das demais drogas. “Nem todos reagem ao consumo de droga da mesma maneira. Procuramos identificar qual a relação de um paciente com determina droga”, diz Ivone, contrária à proposta do prefeito do Rio, Eduardo Paes, de internar compulsoriamente viciados em crack. “Em alguns casos, de fato não há outra alternativa que não seja a internação. Mas o tratamento não pode ser uma punição. É um direito”, completa.
Cérebro e pulmões afetados
Marta Jezierski, diretora do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod) da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, afirmou que a desirré já existia antes no estado, onde é conhecida como “mesclado”. “É mais usado na classe média”, apontou.
A médica disse que o consumo das duas ao mesmo tempo contrabalança os efeitos da maconha e da cocaína – o crack é a cocaína em uma forma diferente, própria para o fumo. “A maconha dá leseira e a cocaína dá agitação”, explicou.
O cérebro é o mais perturbado, sofrendo com as dificuldades de concentração que as duas drogas proporcionam. Um risco sério é o desenvolvimento de psicose, que aumenta em até quatro vezes com o uso da maconha. Com o estímulo trazido pela cocaína, isso pode levar a um comportamento agressivo.
Os pulmões também são afetados, assim como no uso de qualquer outra droga fumada, incluindo o tabaco. Segundo Jezierski, a desirré não é mais nociva ao sistema respiratório do que a maconha ou o crack isolados.
Para o sistema circulatório, o consumo da cocaína representa sempre um risco, pois a droga acelera o coração e contrai os vasos sanguíneos, o que pode levar a um infarto. No entanto, a maconha tem a propriedade de dilatar os vasos, o que, teoricamente, diminui o risco de infartos.(Fonte G1)

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

TESTE PARA SABER SE SEU FILHO ESTÁ USANDO DROGAS



Teste para saber se seu filho está usando drogas.

Perceber os sintomas do uso de álcool ou outras drogas requer que os pais estejam alertas.Muitas vezes é  observar a diferença entre o comportamento normal dos jovens e o comportamento causado pelas drogas.Para auxiliá-los nesse sentido foi montado o questionário abaixo:
1-Seu filho parece retraído,deprimido,cansado e descuidado de seu aspecto pessoal ?  SIM  NÃO
2-Você o percebe hostil,agressivo cooperando com as normas familiares? SIM NÃO
3-Suas relações com outros membros da família encontram-se deterioradas? Dificuldades ou falta de diálogo,vínculos desfeitos,atitudes violentas ou agressivas
SIM NÃO .
4-Mudou radicalmente o seu grupo de amizades? SIM NÃO.
5-Na escola está com dificuldades com notas,professores ou colegas, repetiu de ano ou abandonou os estudos ? SIM NÃO.
6-Perdeu o interesse por passatempos,esportes,hobbies ou outras coisas das suas atividades favoritas? SIM  NÃO.
7-Houve modificações nos seus hábitos de alimentação e sono ? SIM  NÃO.
8-Usa desodorantes ou perfumes para disfarçar algum cheiro? SIM NÃO.
9-Tem atitudes agressivas,violentas ou mentirosas frente às perguntas ou reclamações? SIM NÃO.
10-Já apresentou os olhos vermelhos ou as pupilas dilatadas ? SIM  NÃO.
11-Tem conversações telefônicas ou encontros dom desconhecidos? SIM  NÃO.
12-Em sua casa somem objetos de valor? Seu filho tem necessidade constante de altas quantias de dinheiro? SIM  NÃO.
13-Houve mudanças significativas no seu aspecto visual,como cabelo (comprido descuidado) roupas sujas,falta de  pessoal , tatuagens,brincos ou sua preferência musical,agora por conjuntos que fazem apologia ao uso de drogas? SIM  NÃO.
14-A maconha é uma erva de cor verde com mates de marrom,que é fumada enrolada em um papelote  (ou o mesmo utilizado pelas pessoas que fumam cigarro de palha).Possui um cheiro forte e adocicado similar ao perfume patchouli .É importante para perceber se seu filho está fazendo uso destas substâncias observar objetos como citados abaixo.entre as coisas do seu filho: Caixas de fósforos furadas no centro ou qualquer outro artefato como ponteiras.cachimbos,maricas etc...que permitem o jovem fumar o cigarro de maconha até o final,sem queimar os dedos ou lábios.Já Percebeu? SIM  NÃO.
15-Já encontrou papel de seda ou papelote usado para se fumar cigarros de palha,nas coisas do seu filho? SIM NÃO.
16-Utiliza constantemente e sem motivos aparente ?(É usando para disfarçar a vermelhidão dos olhos pelo uso da maconha) SIM NÃO.
17-Apresenta manchas amareladas entre as pontas dos dedos,polegar e indicador?
SIM  NÃO.
18-Já percebeu um forte cheiro (adocicado) nas roupas,cabelos,carro,quarto, ou lençóis do seu filho? SIM NÃO .
A cocaína é um pó branco (similar a uma aspirina desmanchada) que adormece a língua com seu contado.Pode ser usada por inalação (aspirada pelas narinas) fumada misturada à maconha ou por via endovenosa (injetada diretamente na veia através de seringa e agulha) Para que ela possa ser usada são necessários vários instrumentos que,se encontrados entre as coisas do seu filho pode indicar que ele está consumindo.
19-Já encontrou instrumentos como cartões de crédito ou lâmina de gilete (para pulverizar o pó) canetas bic sem carga ( para aspirar a droga) colheres tortas ou queimadas (para misturar a droga com água,ferver e aspirar na seringa) espelhos ou pratos seringas,borrachas(torniquete) entre outras coisas do seu filho? SIM NÃO.
20-O nariz do seu filho tem sangrado  ou apresentado constantes corizas ? SIM NÃO.
21-Seu filho está com dificuldades para falar? SIM NÃO.
22-Apresenta machas roxas de picadas de agulha nos braços,pernas ou pés? SIM NÃO.
ATENÇÃO: Alguns desses sintomas citados podem aparecer em jovens que não usam drogas.Não se pode dizer que um adolescente está se drogando só porque está usando brincos,cabelos compridos,ter feito a sua tatuam ou mudou a sua maneira de vestir .É o conjunto dos sintomas descritos que leva a essa possibilidade.

SOME OS PONTOS

[0-3 ]Não há problemas. Porém não se descuide.

[4-10 ]Alerta! Esteja atento à conduta do seu filho e controle os seus pertences.Se houver duvida consulte pessoa especializada.

[11-14] Perigo! Procure ajuda.Consulte um centro especializado.

[15 ou mais] Seguramente o seu filho tem problemas com o uso de drogas e necessita de ajuda e tratamento,urgente .

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Pastor e Deputado MarcoFeliciano repudia ação do Conselho de psicologia contra Marisa Lobo
















Após pedir provas do acontecido, para se munir de informações confiáveis, deputado e Pastor Marco Feliciano se mostrou indignado e prometeu apoio incondicional a psicóloga Marisa Lobo que tem sido uma importante militante nas causas da família e referência de profissional em nosso país.
Lendo o relato e conversando com Marisa pude compreender a dimensão e gravidade da situação que em minha opinião, trata-se de perseguição religiosa, conclui deputado
“Quanto ao Conselho de Psicologia Marco Feliciano reconhece que : Questionamentos são legais e comuns a toda profissão, porém ao examinar o que foi dito nesta convocação e as provas contextuais apresentadas publicadas no blog profamilia.blogspot.com convoco toda a sociedade líderes religiosos parlamentares para que se manifestem, pois se trata de uma afronta não apenas a profissional em questão, mas a todos os profissionais que se confessam cristãos, bem como ao Cristianismo em geral (católico evangélico) o preconceito foi demonstrado por uma fé que tem sido ferramenta social na prevenção enfrentamento e controle de inúmeros problemas inclusive de saúde de violência em toda nação.
A Fé em Deus sempre foi um freio social e está sendo ridicularizada há tempos por militantes contrários ao cristianismo. Penso que se não nos unir neste momento, poderemos abrir um precedente imaginável, institucionalizando o preconceito religioso de fato em nosso Brasil que é um país laico e tem garantida em sua constituição a liberdade de professar livremente sua fé “uma mordaça amoral e descabida” ...
Marco Feliciano continua relatando que tem acompanhado denúncias e reclamações de todo Brasil mostrando a militância política dessa nova diretoria do conselho federal de psicologia e diz estar atento e investigando exageros e posturas que considera um desserviço como, por exemplo, apoio a descriminalização de drogas, e atitudes de preconceito e discriminação as comunidades terapêuticas.
Terça feira o deputado e outros parlamentares (Senador Magno Malta, os Deputados João Campos, Roberto de Lucena, Francischini) e Wilton Acosta presidente do Fenasp, estarão recebendo pessoalmente a psicóloga Marisa Lobo para organizar estratégias de como enfrentar com inteligência, equilíbrio, sabedoria cristã e política essa situação. Garantiu o deputado que para cassar Marisa Lobo terá o (CFP) que passar por cima de um parlamento amigos cristãos (católicos e evangélicos ) de toda uma sociedade (de 98% da população Brasileira). Nosso país não é ateu crê em Deus. indignasse Feliciano
Desabafa o deputado Marco Feliciano que se sente um pouco responsável por essa situação, pois apoiou Marisa Lobo, ano de 2011 quando a mesma lhe encaminhou um oficio pedindo como psicóloga que fosse sua porta voz na tribuna e mostrasse sua indignação e de outros colegas quanto ao conteúdo do kit gay que segundo a psicóloga era reprovável.
“A repercussão foi grande bem como a perseguição que de certa forma já esperava-mos que isso fosse acontecer, já que o mesmo kit gay tinha aprovação deste conselho” diz Feliciano
Marisa Lobo, afirma estar confiante e tranqüila, pois nunca recebeu reclamação de nenhum paciente sobre sua conduta dentro do consultório, reclama que a categoria tem um código de ética opressor e preconceituoso quanto à religião, que inclusive deve ser revisto, porém: poder dizer sou cristã e não vou negar meu Deus não tem preço afirma a Psicóloga Marisa Lobo e Cristã como se apresenta e gosta de ser chamada.

Quanto à manifestação dos parlamentares e sociedade diz: Louvo a Deus pelo Deputado e amigo de minha família Marco Feliciano, por todos outros parlamentares que estão entrando nessa luta que não é minha é do povo Cristão.
Conforme publicação na mídia e no documento apresentado a psicóloga deixa claro Não induzir convicções religiosas dentro do consultório, mas no social tem o direito de fazer o que desejar. Liberdade de expressão.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Governo Federal vai investir R$ 4 Milhões no combate e na prevenção do crack






Medidas ampliam atendimento de saúde aos dependentes e reforçam enfrentamento ao tráfico.
A presidenta Dilma Rousseff e os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Justiça, José Eduardo Cardozo, lançam, nesta quarta-feira (07/12), um conjunto de ações do governo federal para enfrentar o crack e as outras drogas. Com investimento de R$ 4 bilhões da União e articulação com estados, Distrito Federal e municípios, além da participação da sociedade civil, a iniciativa tem o objetivo de aumentar a oferta de tratamento de saúde e atenção aos usuários drogas, enfrentar o tráfico e as organizações criminosas e ampliar atividades de prevenção.
Com o mote Crack, é possível vencer, as ações estão estruturadas em três eixos: cuidado, autoridade e prevenção.
O primeiro inclui ampliação e qualificação da rede de atenção à saúde voltada aos usuários, com criação da rede de atendimento Conte com a gente.
No eixo autoridade, o foco é a integração de inteligência e cooperação entre Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e polícias estaduais, a realização de policiamento ostensivo nos pontos de uso de drogas nas cidades, além da revitalização desses espaços.
Também nesta quarta-feira, o Executivo envia ao Congresso Nacional o projeto de lei que altera Código de Processo Penal para acelerar a destruição de entorpecentes apreendidos pela polícia e agilizar o leilão de bens utilizados para o tráfico de drogas. A presidenta Dilma assina ainda a Medida Provisória que institui o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas (Sinesp).
Já o eixo prevenção prevê ações nas escolas, nas comunidades e de comunicação com a população.
Cuidado
Na área da saúde, o plano prevê a estruturação da rede de cuidados Conte Com a Gente, que auxiliará os dependentes químicos e seus familiares na superação do vício e na reinserção social. A rede é composta de equipamentos de saúde distintos, para atender os pacientes em situações diferentes.
Uma das novidades do plano é a criação de enfermarias especializadas nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). Até 2014, o Ministério da Saúde repassará recursos para que estados e municípios criem 2.462 leitos, que serão usados para atendimentos e internações de curta duração durante crises de abstinência e em casos de intoxicações graves. Para estimular a criação destes espaços, o valor da diária de internação crescerá 250% – de R$ 57 para R$ 200. Ao todo, serão investidos R$ 670,6 milhões.
Nos locais em que há maior incidência de consumo de crack, serão criados 308 consultórios de rua, que farão atendimento volante. Cada consultório terá equipes de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. A ação, que terá recursos de R$ 152,4 milhões, atenderá municípios com mais de 100 mil habitantes. Os recursos já estão disponíveis e aguardam apenas a adesão dos municípios.
Já os Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPSad) passarão a funcionar 24 horas por dia, 7 dias por semana. Até 2014, serão 175 unidades em todo o país. Estes centros vão oferecer tratamento continuado, com possibilidade de internação, a até 400 pessoas por mês.
O atendimento será reforçado também pela criação de unidades de acolhimento, que terão cuidados para manutenção da estabilidade clínica e o controle da abstinência. Para o público adulto, serão criados 408 estabelecimentos, com investimentos de R$ 265,7 milhões até 2014. Já para o acolhimento infanto-juvenil, serão 166 pontos exclusivos para o público de 10 a 18 anos de idade, com investimento de R$ 128,8 milhões.
O Crack, é possível vencer contempla também a ampliação dos repasses do Ministério para as instituições da sociedade civil que fazem atendimento aos dependentes químicos e seus familiares. Para receberem recursos do SUS, estes estabelecimentos terão de cumprir critérios estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e assegurar um ambiente adequado, que respeite a integridade dos direitos dos pacientes e de seus familiares. Todas as instituições estarão vinculadas ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).
Autoridade
O enfrentamento ao tráfico do crack não é diferente do que é feito para outras drogas ilícitas, já que essa é uma das formas de apresentação da cocaína. As ações policiais irão se concentrar em duas frentes: nas fronteiras e nas áreas de uso de drogas, nos centros consumidores.
Serão intensificadas as ações de inteligência e de investigação para identificar e prender os traficantes, bem como desarticular organizações criminosas que atuam no tráfico de drogas ilícitas. O contingente das Polícias Federal e Rodoviária Federal será reforçado com contratação de mais de 2 mil novos policiais.
Está prevista também a implementação de policiamento ostensivo e de proximidade nas áreas de concentração de uso de drogas, onde serão instaladas câmeras de videomonitoramento fixo. Os recursos federais serão repassados aos estados por meio de convênios.
O objetivo é prestar atendimento a pessoas que trabalham, residem ou circulam no local, e possibilitar maior segurança com a identificação e prisão de traficantes. A expectativa é que a utilização de câmeras, móveis e fixas, contribua para inibir a prática de crimes, principalmente o tráfico de drogas.
Os profissionais que atuarão nessas áreas têm formação na doutrina de polícia de proximidade (comunitária) e vão incentivar o fortalecimento da comunidade nas áreas de uso de drogas para fortalecer a participação comunitária na prevenção à violência e criminalidade.
Outras mudanças importantes se dão no campo da adequação das leis. O governo federal propõe uma medida provisória, um novo projeto de lei e anuncia apoio a três propostas já em tramitação no Congresso Nacional. Veja a lista:
Medida provisória que institui o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas (Sinesp) – o sistema vai suprir a ausência de um mecanismo oficial de estatística capaz de compilar e fornecer dados e informações precisos sobre situação da segurança pública no país. Os estados irão assinar pactuação com a União e, se não fornecerem dados no Sistema, terão suspensos os repasses de verbas federais.
Envio ao Congresso do PL que altera o Código de Processo Penal e a Lei de Drogas – agiliza o processo de alienação dos bens que são produto do tráfico de drogas. Contribui para a eficiência das decisões judiciais, criando instrumentos que possibilitem intensificar o combate à criminalidade e preservar o valor dos bens apreendidos, que hoje estão sujeitos à desvalorização ao longo do processo. A mesma proposta vai dar mais agilidade no procedimento de destruição de drogas apreendidas.
Apoio ao PL 6578/2009 (organizações criminosas) – em tramitação na Câmara dos Deputados, tipifica o crime de participação em organização criminosa. A legislação atual prevê apenas os delitos de “formação de quadrilha” ou “bando”. O PL também regulamenta técnicas especiais de investigação, como a colaboração premiada e a infiltração de agentes.
Apoio ao PL 3443/2008 (lavagem de dinheiro) – aprovado na Câmara em outubro e agora em análise no Senado, acaba com a lista específica de crimes antecedentes, como sequestro ou tráfico, para se caracterizar a prática de lavagem de dinheiro. A proposta do PL é também aumentar as hipóteses em que pessoas físicas têm de informar sobre suas transações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e o valor da multa aplicável a quem não cumprir com essas obrigações (hoje limitada aR$ 200 mil, poderá chegar a R$ 20 milhões).
Apoio ao PL 3772/2008 (difusão vermelha) – em tramitação na Câmara dos Deputados, permitirá agilizar o processo de extradição. A mudança permite prender preventivamente estrangeiros procurados pela Justiça de outro país, conforme alerta transmitido internacionamente pela Interpol. Hoje, para a prisão, é necessário pedido formal de extradição do país que determinou a sentença. A alteração permite que a prisão seja executada conforme determinação da Interpol e depois, dentro do prazo estipulado, o país deve apresentar a documentação necessária para a extradição do estrangeiro. Caso não seja apresentada, o preso é liberado.
Prevenção
Este eixo está estruturado em três bases: na escola, na comunidade e na comunicação com a população.
O Programa de Prevenção do Uso de Drogas na Escola tem a proposta de capacitar 210 mil educadores e 3,3 mil policiais militares do Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD) para prevenção do uso de drogas em 42 mil escolas públicas. Estima-se que serão beneficiados 2,8 milhões de alunos por ano.
O Programa de Prevenção na Comunidade prevê capacitação de 170 mil líderes comunitários até 2014.
Haverá também realização de campanhas específicas para informar, orientar e prevenir a população sobre o uso do crack e de outras drogas. O serviço de atendimento telefônico gratuito de orientação e informação sobre drogas VivaVoz passará de 0800 para o número de três dígitos 132, para facilitar o acesso do cidadão. Além disso, o Portal Enfrentando o Crack reúne as informações sobre o tema e está disponível em
www.brasil.gov.br/enfrentandoocrack.
Os atuais 49 Centros de Regionais de Referência – que funcionam junto a instituições públicas de ensino superior – serão ampliados para 65 e oferecerão 122 mil vagas para formação permanente de profissionais de saúde, assistência social, justiça e segurança pública. Nos próximos anos, serão oferecidas 250 mil vagas em cursos a distância para líderes comunitários, conselheiros municipais, profissionais de saúde e assistência social e operadores de direito.
Fonte:
Portal do Ministéria da Justiça

segunda-feira, 14 de março de 2011

'Jamais imaginei que ela se envolvia com drogas', diz mãe de jovem achada morta


'Ela era muito alegre', diz mãe de jovem que morreu em Ubatuba
Adolescente morreu após passar mal em pousada da cidade. Mãe quer que o caso sirva de exemplo para outros jovens.
A técnica em enfermagem Bianca Fernandes de Oliveira quer que o caso da filha Pâmela Fernandes de Oliveira Gouvêa, de 16 anos, que morreu após passar mal em uma pousada de Ubatuba, a 226 km de São Paulo, sirva de exemplo para outros jovens. Ela falou nesta segunda-feira (14) sobre as lembranças que ficaram da adolescente. “Ela era uma menina muito alegre, que transmitia coisas gostosas, tinha um coração bom”, afirma.
Pâmela estava desaparecida desde a sexta-feira (11), quando pediu para a mãe para sair com um amigo – eles iriam a uma pista de skate. Segundo a polícia, a menina e dois turistas se hospedaram em uma pousada no início da madrugada de sábado (12). Durante a manhã do sábado, ela passou mal e os jovens pediram ajuda. O Corpo de Bombeiros fez o atendimento. Ela foi levada para o hospital, onde morreu.
A causa da morte ainda não foi determinada, mas testemunhas disseram que a jovem consumiu álcool e drogas. “Jamais imaginei que minha filha tivesse envolvida com droga. Nunca tinha percebido, mas estava sempre perguntando”, contou. Ela credita a más amizades o que ocorreu com a filha – caso seja confirmado o uso de drogas como causa da morte. “Quero que sirva de exemplo da falta de respeito e de honra aos pais. Eles dão mais valor ao que dizem os amigos do que aos conselhos dos pais”, desabafa a mãe.
A técnica em enfermagem guarda lembranças da tarde de sexta, antes do desaparecimento da jovem. “Tomamos café juntas, ela ficou dançando com meu sobrinho de 1 ano”, contou. A mãe diz que a filha não pretendia sair de casa naquela noite, mas um amigo ligou e eles acabaram indo até uma pista de skate.
Depois, ela não conseguiu mais contato pelo celular e só voltou a ter notícias da filha na manhã de sábado (12). Policiais pediram para Bianca ir até a delegacia, onde soube da morte. “Só depois que fui reconhecer o corpo que as pessoas vieram dizer que ela estava fazendo isso e aquilo. Isso não ia trazer minha filha de volta, eu precisava saber antes.”
A mãe conta que a filha dormia fora de casa algumas vezes sem avisar. “Da última vez, ela ficou cinco ou seis dias fora de casa e eu fiz um boletim de ocorrência”, lembrou. Bianca diz que brigava com a jovem por causa disso e tentou afastá-la das más amizades.
PolíciaO delegado Fausto Cardoso, responsável pela investigação do caso, disse que a adolescente estava com uma audiência marcada na Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac) de Ubatuba para trabalhar o seu comportamento por causa dos constantes sumiços.
Cardoso afirmou que os dois turistas que estavam hospedados com Pâmela na pousada foram identificados, mas continuam desaparecidos. Segundo ele, a equipe de investigação está colhendo informações sobre a dupla e aguardando a chegada dos laudos periciais, que devem esclarecer o tipo e a quantidade de droga usada pela jovem.
A polícia espera que os laudos cheguem até o próximo fim de semana. Caso os turistas não sejam localizados, será pedida a prisão temporária dos dois, afirmou o delegado.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Pesquisa: 98% das cidades brasileiras têm problemas ligados ao crack


BRASÍLIA - O consumo de crack já se alastrou pelo País, aponta pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgada na manhã de hoje, em Brasília. Levantamento feito com 3.950 cidades mostra que 98% dos municípios pesquisados enfrentam problemas relacionados ao crack e a outras drogas. 'Falta uma estratégia para o enfrentamento do uso do crack. Não há integração entre União, Estados e municípios', alertou o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
Ziulkoski criticou o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, lançado pelo governo federal em maio deste ano. 'É um programa que não aconteceu, praticamente nenhum centavo chegou'. Ao apresentar os números, ele disse que não avaliaria se a iniciativa teve intenções eleitoreiras. 'Apenas estou trazendo números e realidades'.
A CNM observa ainda que, embora haja um grande esforço para a redução da mortalidade infantil, não há política de Estado de prevenção à mortalidade juvenil. A confederação também ressalta a importância de ações na região de fronteira para impedir a entrada de droga no País.
Números. O estudo da CNM constatou que, dos municípios pesquisados, apenas 14,78% afirmaram possuir Centro de Atenção Psicossocial (Caps), que oferece atendimento à população e acompanhamento clínico de pessoas com transtornos mentais, entre eles usuários de drogas.
Quando o assunto foi a existência de programa municipal de combate ao crack, 8,43% das cidades alegaram possuir alguma iniciativa dessa natureza. Mesmo sem um programa definido e com a falta de apoio das demais esferas de governo, 48,15% dos municípios realizam campanha de combate ao crack, aponta a pesquisa.
Ações do governo. Em maio deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto que criou o Plano Integrado para Enfrentamento do Crack, destinando R$ 410 milhões com o objetivo de duplicar, ainda em 2010, o número de vagas para internação de usuários da droga. O plano também visa treinamento de profissionais na rede pública de saúde e assistência social para atender os usuários e a família, além de medidas de combate ao tráfico.
A presidente eleita Dilma Rousseff citou em diversas ocasiões o combate ao crack como uma de suas prioridades no plano de governo. Ainda como pré-candidata, Dilma afirmou que estava preocupada com a droga, que 'mata, é muito barata e está entrando em toda periferia e em pequenas cidades', prometendo enfrentar 'essa ameaça com autoridade, carinho e apoio.' (fonte ESTADÃO)